Há um ritual para o beijo.
Molham-se os olhos de desejo,
escorregam-se doçuras entre o rosto.
Um leve toque de língua para aveludar,
uma mordida para atiçar,
um movimento para elevar.
Há um ritual para o beijo.
Não tem jeito:
uma bala para adoçar,
um sorriso para chamar,
um beijo no olhar.
O meu é poético,
é de tão doce, patético.
O meu é milagre,
é de tanto desejo uma miragem.
O meu é olhar,
é de tão oculto, esperar.
Há um ritual para o desejo.
É o beijo...
E o seu, afinal?
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