sábado, 4 de maio de 2013

Nos tempos do igual...


É fato que vivemos nos tempos do igual, porém isso está longe de ser [ainda] tempos de igualdade.

Os humanos caminham, no seu processo (des)evolutivo como se estivem adentrando numa grande massa e no fim se tornar um único exemplar.

Você sai de casa e está tudo padronizado. Todas as pessoas têm o mesmo corte de cabelo, a mesma cor, as roupas são as mesmas, a altura é igual...até o comportamento é o mesmo: a predileção pela violência.

E agora, quando a fantasia tomou conta da realidade, temos câmeras espalhadas por todos os cantos, monitorando nossos passos. No entanto, parece que se torna um novo fetiche para o crime. O desejo de exposição está além dos artistas que vemos na TV, nos palcos, nos shows. Agora, todos nós podemos ser artistas...

Comete-se assalto e é filmado. Agride-se a esposa, a namorada, a criança, o cachorro e lá está a película. Atira-se à queima-roupa no outro por sete reais, um celular, poe fogo em outra pessoa por ter trinta reais. Definitivamente não há predador mais cruel que o humano.

Aliás, espero que a etimologia de humano, da forma que conhecemos hoje, seja daqui um tempo estudada na história da língua, porque seu significado já é obsoleto frente à tanta crueldade.

Talvez, seja essa necessidade de estar igual que desencadeia o desejo de ser diferente e culmina na rebeldia desprovida de "humanidade".

É nesse tempo de iguais, tudo está [quase] comum demais!


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